Imagine-se na seguinte situação: você precisa ir até o terceiro andar de um prédio para um compromisso importante.

Para muitos, essa seria uma tarefa fácil. Entretanto, para pessoas com mobilidade reduzida, essa tarefa, muitas vezes, parece impossível devido à falta de infraestrutura adequada.

Tanto pela iniciativa pública, quanto pela privada, a acessibilidade muitas vezes é deixada de lado.

Segundo o Censo 2010, mais de 13 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência motora, sendo que, mais de 730 mil destas declararam não conseguir caminhar ou subir escadas.

Os números são grandes mas, ainda maior é o descaso com a situação dessas pessoas. Todos os dias, elas são obrigadas a enfrentar obstáculos para estudar, trabalhar, para poder seguir a vida.

Utilize equipamentos de qualidade

O Decreto Nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 regulamenta a lei Nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

Apesar disso, ainda há muito a ser feito, para que aconteça a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.

Elevador

Uma das alternativas para promover a igualdade e independência de pessoas com deficiência, é a instalação de um elevador para deficiente.

Ele é próprio, para o transporte de apenas uma pessoa, ocupando menos espaço do que os convencionais. Apesar disso, sua capacidade máxima é de três pessoas.

Seu custo de implantação também é mais baixo e ele tem uma facilidade maior, para adequar-se a edifícios já existentes. Além de locais públicos, ele também é recomendado para residências.

Hoje em dia, a maioria dos fabricantes de elevadores já possuem elevadores específicos para pessoas com deficiência.

É necessário se atentar para a qualidade dos produtos na hora de escolher. A segurança é o principal, sempre que se trabalha com pessoas.

Cadeira elevador

Para locais que possuem escadas, existe a cadeira elevador. Elas estão disponíveis para todos os tipos de escada, e em diversas cores para quem quer combiná-la com a casa ou a empresa.

Além da segurança, o conforto é algo importante na hora de se escolher a cadeira ideal. Existem modelos em que a cadeira e até mesmo os trilhos, são retráteis – para espaços pequenos.

O ideal é consultar um especialista para saber qual tipo se adequa melhor ao seu ambiente.

Rampa

A rampa de acessibilidade, é algo que é bem mais comum de se ver nos dias de hoje – apesar de ainda ser algo necessário em muitos lugares.

Apesar de boas para calçadas e alguns degraus, elas exigem muito esforço físico do cadeirante, especialmente porque a maioria é muito íngreme.

Isso, sem contar que, a maioria delas é tão mal cuidada quanto as calçadas em que estão, cheias de rachaduras na qual a cadeira de rodas pode acabar ficando presa.

Quando se constrói uma rampa para acesso de um determinado local, deve-se atentar a estes detalhes, tornando-a algo mais prático para o cadeirante.

Barra de apoio

Além do problema da mobilidade, outro grande problema que as pessoas com deficiência passa, é a falta de banheiros adaptados.

A barra de apoio para deficiente, é algo essencial para a sua independência. Ela deve ser instalada à 75 cm do chão, segundo as normas atuais.

Além disso, uma barra de apoio também é importante para as pessoas idosas, prevenindo acidentes, como quedas, causadas pelo piso escorregadio dos banheiros.

Conheça países que são referência

A cidade mais acessível do mundo é Estocolmo, na Suécia, coincidentemente ou não, um dos países com o maior IDH do planeta.

Apesar de receber assistência do governo para ficar em casa, apenas 22% das pessoas com deficiência estão fora do mercado de trabalho no país.

A mudança não foi fácil e muita gente ainda se opõe mas, ela continua acontecendo de forma gradual, melhorando cada vez mais a vida dos suíços com deficiência. Outras cidades que também merecem destaque são:

  • Melbourne;
  • Viena;
  • Londres;
  • Liubliana;
  • Barcelona;
  • Playa de Carmen;
  • Las Vegas;
  • Singapura.

Vale ressaltar que, a falta de acessibilidade não é algo que só diz respeito à iniciativa pública, grandes empresas, pessoas com deficiência e pessoas que as conhecem mas, sim, algo que diz respeito a cada um de nós.

Ainda falta muito para o Brasil se tornar um país onde a acessibilidade é um ponto forte mas, a mudança começa aos poucos, com pequenas atitudes.

O importante é que, algum dia, o direito de ir e vir citado no Art. 5 inc. XV, seja cumprido de forma plena, para todos os cidadãos brasileiros.