impactos
Uma construtora ou então uma empreiteira é um dos grandes responsáveis pelo movimento econômico de um país. No Brasil já foram gerados cerca de 2,327 milhões de empregos, diretos e também indiretos, esses são dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil em SP e de outros institutos de pesquisa acadêmica, entretanto, não é somente de resultados e impactos positivos que a indústria da construção civil e da engenharia civil vive.

O setor da construção hoje é um dos principais consumidores de recursos naturais, isso porque o processo de uma obra vai desde a produção dos insumos usados até a operação de máquinas e outros tipos de equipamentos.
Para termos uma noção, somente no Brasil, cerca de 75% do que é extraído do meio ambiente é usado pela construção civil.

Gerador de resíduos

Além da utilização intensa dos recursos naturais, entre todas as atividades produtivas, a construção civil é a que mais produz resíduos, ou em outras palavras, lixo. Isso acontece pois muitos processos de obra como a impermeabilização de terraços, utiliza muito consumo de matéria prima, e gera resíduos como sobra de material, embalagem do produto, descarte incorreto e etc.

Segundo o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, cerca de 20% a 50% das matérias primas que são extraídas são usadas na construção, gerando um resíduo cerca de duas vezes maior que o volume de resíduo sólido urbano.

A maioria desse resíduo gerado pela construção é o entulho de construção e demolição.

Quase 60% da produção de resíduo da maioria das cidades brasileira provém da construção civil segundo especialistas. E isso é só uma parte do impacto que a construção civil pode causar, já que a outra parte é a poluição, principalmente porque durante a produção do cimento, é liberado gás carbônico, um dos responsáveis pelo efeito estufa.

Consumidor de energia e água

Outro fator a ser levado em conta quando nos deparamos com os impactos da construção civil é com relação ao gasto de água e energia que se utiliza. Cerca de 40% da energia mundial são consumidos pelos edifícios, e esse consumo varia de duas etapas, da primeira etapa de planejamento e execução e depois da construção de uma obra que vai desde o alicerce até a impermeabilização de laje preço.

Entretanto onde se gasta mais água e energia é durante sua ocupação e também demolição.

Para evitar tantos impactos com relação a água e a energia, muitos especialistas vem alertando engenheiros e arquitetos para que os projetos tenham projetos bioclimáticos, como o sistema de reciclagem de água, gerador de energia solar e utilização de outras formas de energia renovável.

Sendo assim, conseguiríamos reduzir cerca de 30% a 40% do consumo dessas duas fontes de energia.

A construção civil é o principal consumidor de água potável do mundo, em áreas urbanizadas o consumo pela construção civil pode chegar até 50% da água potável que é entregue à região. Por isso é necessário que haja a troca de sistemas de utilização da água, como a reutilização de água não potável, o que conseguiria diminuir drasticamente esses dados.

Vida informal

As construções também são responsáveis pelo alto número de trabalhadores informais dentro do mercado de trabalho, principalmente porquê muitas empresas de gerenciamento de projetos e obras não se preocupam na formalização, isto é, na construção de um vínculo empregatício com os trabalhadores, fazendo com que cerca de R$ 160 bilhões gerados pela indústria da construção fossem feitos pela atividade informal.

Além disso, as empresas perdem muito com esse tipo de atitude porquê:

  •  Perdem arrecadação fiscal;
  • Desperdício de material;
  • Má qualidade na obra;
  • Aumento da demanda de matérias primas para sanar o problema.

Além disso esse peso social que a informalidade impõe impede que as empresas consigam trabalhar com práticas mais sustentáveis.

Outro ponto bastante complexo quando falamos de impactos da construção civil na sociedade é o seu custo. Apesar de gastar muito e ter um impacto muito negativo ao meio ambiente, construir de forma sustentável requer tecnologia e dinheiro. Usar materiais que não gerem tanto impacto, requer muito dinheiro, coisa que nem sempre é possível dentro do orçamento.

Para que isso aconteça é necessário começar aos poucos, como trabalhar a questão da informalidade, rever os hábitos de construção, fazer um planejamento mais adequado de descarte de lixo  entre outras ações.