eficiência energética

Grande parte da sociedade já está ciente da importância da adoção de medidas para conter as mudanças climáticas. Entre os de maior impacto, destacam-se os que visam melhorar a eficiência energética na construção. 

Mas, por que eles são transcendentais? Vamos analisar todos os argumentos que explicam a importância da eficiência energética como elemento essencial de qualquer projeto de construção. Além disso, revisaremos em que consistem essas medidas.

Os objetivos da eficiência energética na construção

Os dados não deixam dúvidas quando se trata da necessidade de aplicar medidas de eficiência energética na construção, e dois exemplos muito esclarecedores confirmam isso. 

Por um lado, o consumo de energia das residências representa 40% do total da União Europeia. 

Por outro lado, em cidades como Nova Iorque, 79% das emissões de gases poluentes são provenientes dos edifícios, enquanto 21% correspondem aos diferentes meios de transporte.

São estes os dois aspectos que definem o que é a eficiência energética na construção: a economia de recursos energéticos e a redução de poluentes com impacto ambiental. 

Até recentemente, esse tipo de medida era direcionado quase exclusivamente aos setores automobilístico ou industrial.

Isso porque são considerados os principais responsáveis ​​pela poluição do ar e pelo consumo excessivo de recursos energéticos, principalmente os de fontes não renováveis.

No entanto, como têm demonstrado os estudos ambientais e os estudos das causas das alterações climáticas, é fundamental incorporar a construção como uma das áreas em que se devem aplicar políticas eficazes de eficiência energética. 

Este é o argumento que deu origem aos novos regulamentos de construção na UE, uma das áreas do planeta onde a sensibilidade ambiental é especialmente elevada. 

Neste sentido, a eficiência energética na construção é um dos pilares em que assenta o European Green Deal, para alcançar a neutralidade climática em 2050.

Como melhorar a eficiência energética nas edificações?

Quando as políticas de eficiência energética na construção começaram a ser desenhadas, os especialistas se depararam com um problema inicial: 

O que fazer com o extenso parque habitacional já construído, cuja maioria não atende a esses novos critérios de sustentabilidade? 

Por esta razão, parte dos protocolos destinam-se a planear a forma de proceder à reabilitação dos edifícios existentes para melhorar a eficiência energética das casas.

Mas, claro, a grande mudança começa na construção, a partir do presente, com essa nova perspectiva de sustentabilidade. 

O grande desafio é ter verdadeiras cidades inteligentes em que predominem as chamadas casas passivas, o protótipo da eficiência energética na construção. Este tipo de habitação caracteriza-se por ter quatro qualidades:

  1. Isolamento térmico ou, melhor ainda, hermético. Isto é aplicável a toda a envolvente do edifício, tanto na vertical como na horizontal. 

Deve-se levar em conta que as fugas de energia ocorrem em diferentes áreas: até 25% pelo teto, 35% pelas paredes e fachadas, cerca de 10% pelo piso, outros 10% pelas janelas. 

Os 20% restantes ​estão entre quebras de pontes térmicas e mecanismos de ventilação e renovação de ar.

  1. Um sistema de ventilação eficiente. Como já referimos, até 20% da energia pode ser desperdiçada a tentar renovar o ar dentro de uma casa, com a agravante de não se atingir a qualidade desejada. 

Para garantir a saúde e a eficiência energética, é importante dar atenção para a instalação de sistemas de ventilação mecânica eficazes, especialmente os de fluxo duplo.

  1. Climatização inteligente, que pode levar a uma economia de energia próxima a 70%, quando combinada com sistemas de isolamento térmico e controle de consumo.
  2. Baseia-se na energia solar como principal fonte de energia, para a qual é necessário começar com um uso correto da orientação dos cômodos da casa quando do projeto arquitetônico.

Além da instalação de placas fotovoltaicas (eletricidade) e térmicas, de aquecimento de água para uso sanitário, para que seja quase alcançada a autossuficiência energética das casas sustentáveis.  

Em suma, arquitetos e construtores são agentes essenciais para avançar no compromisso com a sustentabilidade que estes tempos exigem. 

Claro que é importante que seja por convicção e também pelas vantagens práticas indubitáveis ​​usufruídas pelos proprietários destas casas renovadas. 

Além disso, não se deve esquecer que a eficiência energética na construção já é um requisito. A aposta do futuro na construção é criar casas inteligentes, confortáveis, saudáveis ​​e energeticamente eficientes.