Quem trabalha com a gestão e acompanhamento de obras sabe que tais projetos são iniciados muito antes do assentamento da primeira viga ou tijolo. Isso porque é preciso fazer um planejamento meticuloso para que uma edificação saia do papel, como pensar na cortina atirantada.

Isso, por sua vez, inclui um estudo aprofundado do terreno, de modo a saber se serão necessárias adequações para garantir a segurança e a estabilidade da obra.

O problema é que, em determinadas ocasiões, as características do local escolhido para a realização do projeto são complexas. É possível, por exemplo, que ele seja acidentado, o que pode requerer a busca por empresas de construção civil sp especializadas nesse campo e que, assim, possam lidar com isso.

A boa notícia é que há uma série de soluções de construção civil para administrar tais situações: a construção das cortinas atirantadas. Aprenda mais sobre ela e como essa estrutura é feita a seguir.

O que é a cortina atirantada?

Quando um terreno é muito acidentado, um dos principais riscos relacionados a ele é a possibilidade de que haja um deslizamento de terra, principalmente quando chove forte.

Nesse contexto, a cortina atirantada, por sua vez, tem a função de evitar que isso aconteça. De modo geral, ela consiste em um paredão de concreto armado, que também conta com o reforço de tirantes fixados através dela e do solo, de modo a mantê-lo em seu lugar.

Vale ressaltar que, para que essa estrutura seja realmente eficiente na realização dessa tarefa, é fundamental que ela seja executada por uma empreiteira de obras, que siga todas as boas práticas desse tipo de projeto. Confira mais sobre isso a seguir.

Como é feita a cortina atirantada?

Para que as cortinas atirantadas sejam executadas em um prazo razoável e, ao mesmo tempo, cumpram seu papel corretamente, é fundamental que elas sejam construídas em observância às boas práticas da construção civil. Confira algumas delas a seguir:

  1. Observação das normas técnicas

No Brasil, há órgãos, como o Ministério do Trabalho e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que editam documentos que regem a atuação de empresas dos mais diversos setores como as normas regulamentadoras, ou, simplesmente, NRs.

Seu objetivo é garantir tanto a eficiência quanto a segurança de procedimentos executados por estabelecimentos comerciais, desde o uso de uma estaca hélice contínua até o reparo de uma estrutura elétrica.

A construção das cortinas atirantadas não é exceção, já que os profissionais responsáveis pelo serviço devem observar algumas normas. Entre elas, estão:

  • NBR 5629 (ancoragem do terreno);
  • NBR 7480 (estruturas de concreto armado);
  • NBR 7482 (relacionado ao uso/fabricação de fios de aço para segurança);
  • NBR 7483 (uso de cordoalhas de aço).
  1. Elaboração do projeto

Além de respeitar as boas práticas do setor, a construção de cortinas atirantadas exige a elaboração de um bom projeto.

Por mais que isso seja inerente a toda e qualquer construção, é preciso ter em mente que essa estrutura tem algumas necessidades muito particulares, como a drenagem de água.

Caso elas não sejam respeitadas, sua segurança e estabilidade podem estar em jogo.

  1. Instalação dos tirantes

Com o projeto devidamente elaborado, chega o momento da construção da cortina em si. O seu primeiro passo é a instalação dos tirantes, que são estacas pré moldadas que ajudam a manter o solo no lugar, evitando deslizamentos.

Por mais eficientes que eles sejam, é preciso ter em mente que eles não são instalados isoladamente: é feita uma concretagem no local antes e depois de sua colocação.

Isso é importante pois tal material faz com que as estacas fiquem no lugar, evitando que elas comprometam a segurança da estrutura.

Vale ressaltar que, além disso, é fundamental que os tirantes sejam posicionados conforme o ângulo determinado pelos engenheiros responsáveis pelo projeto. Normalmente, ele fica entre 15º e 30º.

  1. Concretagem da superfície

Além de concretar os orifícios, também é fundamental que a superfície da cortina também o seja, de modo a manter a terra no lugar.

Por conta disso, esse procedimento também deve ser realizado com cuidado e conforme as recomendações do engenheiro responsável pelo projeto.

  1. Protensão dos tirantes

Por último é feita a protensão dos tirantes. Em outras palavras, eles sofrem uma determinada tensão, fazendo com que as estacas se tornem mais robustas.

Isso é fundamental para que a cortina como um todo seja mais resistente e, assim, menos vulnerável à pressão que o solo, a água e outros elementos exercerão sobre ela.